Por José Maria Pinheiro / Fotos João Ramid e Divulgação
Sabe aquela experiência que a gente vive, e ela simplesmente gruda na gente? Que te muda um pouco, faz a gente enxergar o mundo com outros olhos? Foi exatamente assim com o II Congresso Nacional de Jornalistas e Comunicadores de Turismo em Belém do Pará.
Pra começar, a recepção em Belém? Um luxo! Na Casa das 11 Janelas, com o chef Saulo Jennings (sim, aquele embaixador da ONU!). A gente nem tinha sentado direito e já estava imerso nos sabores e na filosofia da "Sustentabilidade da Cultura Alimentar da Floresta". Foi tipo um aperitivo delicioso do que viria: a Amazônia nos convidando a sentir e a pensar diferente, com o mote que pegou a gente de jeito: "Sustentabilidade também se faz com informação".
Amazônia no Centro do Debate: Vozes que Resonam
O congresso teve um foco claro: a Amazônia. E não foi um papo teórico, não. Foi um convite para vivenciar, para ouvir e para sentir. Ali, no coração de Belém, no histórico Parque da Residência e Estação Gasômetro, a gente teve a chance de se aprofundar em temas cruciais.Congressistas depois de um dia cheio de palestras e conteúdos relevantes. Um banho de Amazônia.
Ouvir as "Falas da Floresta", com a Márcia Kambeba, foi algo que transcendeu qualquer palestra. Ela, com a arte e a sabedoria dos povos originários, fez a gente repensar muita coisa. Aqueles sons, aquelas imagens... um choque de realidade e inspiração. Não era só sobre notícias; era sobre vozes que precisam ser ouvidas, sobre a alma do lugar. E essa alma pulsava em cada debate sobre o turismo sustentável, aquele que respeita a cultura e o meio ambiente.
Comunicação que Transforma: Ferramentas e Histórias
E falando em jornalismo, o congresso foi um prato cheio de novidades e reforços. A gente aprendeu sobre como a Google pode ser uma super aliada na comunicação de turismo, viu o lançamento de um portal de notícias da Febtur e até um manual de redação para a área. Isso mostra que a gente não está só contando histórias; a gente está com as ferramentas na mão pra contá-las melhor e para um público cada vez maior.
Debates cruciais sobre a comunicação como ferramenta de integração e visibilidade para o turismo permearam cada mesa. Profissionais de veículos importantes, associações de jornalismo digital, acadêmicos... todo mundo ali, trocando figurinha sobre como fazer a nossa mensagem chegar mais longe, com mais impacto e, claro, com responsabilidade. A Úrsula Vidal, Secretária de Cultura do Pará, trouxe uma perspectiva incrível sobre a diversidade e a força da cultura para impulsionar o turismo. E o painel sobre diversidade, com especialistas em afroturismo e turismo de base comunitária, abriu nossos olhos para roteiros e narrativas que a gente precisa valorizar muito mais.
Na Estrada e na Água: O Turismo na Pele, de Belém à Produção Local
Mas o que fez a diferença mesmo foram as experiências "fora da sala". Esquece a teoria, o lance era botar o pé na estrada (e na água!), vivendo o turismo que a gente quer comunicar.
![]() |
Arraial do Pavulagem, o autêntico carimbó do Pará |
E aí, veio a surpresa que fechou o círculo da experiência amazônica: a Rota Amazônia Atlântica.
Mosqueiro: A Praia com Gosto de Rio e Acolhimento Paraense
![]() |
Grupo de jornalistas na associação de Artesanato em Mosqueiro |
Augusto Corrêa: Da Fazenda Bacuri à Farinha do Sítio Raiz, a Autenticidade da Produção Local
E para completar essa viagem, tivemos a chance de conhecer a Fazenda Bacuri, em Augusto Corrêa. Essa foi uma experiência que transcendeu o conceito de "turismo rural". Ali, a gente tocou a terra, viu de perto a produção local, entendeu como a agricultura familiar se integra com a preservação ambiental. Não foi só uma visita; foi uma verdadeira aula de sustentabilidade na prática. A Fazenda Bacuri é um exemplo vivo de como o respeito ao ciclo natural, à comunidade e aos recursos locais pode gerar um turismo autêntico e economicamente viável. É o tipo de lugar que te faz pensar sobre a origem do que você consome e sobre o impacto de cada escolha.Grupo de jornalista na Fazenda Bacuri, Augusto Correa
![]() |
Preparo da famosa Farinha de Bragança no Sítio Raiz em Augusto Correa |
O Legado que Fica: Inspiração e Conexão Amazônica Profunda
No fim das contas, o II Congresso Nacional de Jornalistas e Comunicadores de Turismo em Belém foi muito mais do que um evento no calendário. Foi uma imersão completa. Saímos de lá com uma bagagem gigante: não só os contatos novos (que networking surreal!), mas principalmente com uma outra visão sobre a Amazônia, sobre a importância da nossa profissão e sobre como podemos usar a informação para construir um turismo mais consciente, respeitoso e, claro, fascinante.
A gente não só participou de um congresso, a gente viveu Belém, sentiu a Amazônia em suas diversas faces – da capital vibrante às praias de rio de Mosqueiro e à essência rural de Augusto Corrêa, onde cada grão de farinha conta uma história. E essa experiência é a que a gente vai levar pra sempre na hora de contar as próximas histórias sobre o turismo no nosso Brasil. A gente saiu de lá com a certeza de que a comunicação tem o poder de transformar, e que a sustentabilidade, de fato, se faz com muita informação – e com muito Carimbó, tacacá, a brisa doce das praias de Mosqueiro e o sabor autêntico da farinha de Augusto Corrêa!Visita ao Parque da Cidade, foram plantadas várias mudas de árvores
Comente no post:
0 comentários:
Adicione seu comentário sobre a notícia