Por Aleh Dantas – FEBTUR/RN Regional Oeste Potiguar
A Rota das Cavernas do RN é inaugurada nesta quarta-feira, 06/08, na cidade-sede do Parque Nacional da Furna Feia.
 |
| Caverna dos Crotes, Felipe Guerra (Foto: Diego Bento - ICMBio-CECAV) |
A cidade de Baraúna, na região Oeste do Rio Grande do Norte, vive um marco histórico com o fortalecimento definitivo de seu maior ativo natural: o turismo de cavernas. Com o lançamento oficial da Rota das Cavernas, realizado no dia 6 de agosto de 2025, na Câmara Municipal, o município consolida um projeto sonhado há mais de uma década por ambientalistas, gestores públicos e entusiastas do ecoturismo.
A criação da rota coincide com outro feito memorável: a abertura oficial do Parque Nacional da Furna Feia, em 27 de junho de 2025, uma das maiores e mais ricas áreas de conservação ambiental do estado, localizada entre os municípios de Baraúna e Mossoró. O parque abriga 207 cavernas catalogadas, sendo a Furna Feia a maior delas — antes temida, hoje reverenciada como símbolo da riqueza geológica, ambiental e turística da região.
Na ocasião aconteceu também o lançamento dos livros “CaveRNas: o carste potiguar” (organizadores: Diego de Medeiros Bento e Jocy Brandão Cruz. – Brasília, DF: Instituto Chico Mendes – ICMBio, 2025) e “Cordel CaveRNas” (texto: Antonio Francisco; ilustrações: Rafael Limaverde; fotos: Daniel Menin e Diego Bento). Os livros podem ser baixados gratuitamente através dos links abaixo:
Um novo tempo para Baraúna e para o turismo do RN
O evento de lançamento da Rota das Cavernas contou com representantes da sociedade civil, do setor público, da academia e de entidades como a FEBTUR-RN – Federação Brasileira de Jornalistas e Comunicadores de Turismo do Rio Grande do Norte e a ProTurismoRN — Cooperativa de Profissionais e Promoção do Turismo do RN — que tem desempenhado um papel central na valorização do espeleoturismo potiguar.
Além da FEBTUR-RN e ProTurismoRN o evento de solenidade contou com a presença da anfitriã de Baraúna, a prefeita Divanize Oliveira, a secretária de turismo do município, Pâmela Melo, o presidente da Câmara Municipal, o vereador Fabrício Carvalho, o prefeito de Felipe Guerra, Salomão Gomes, o vice-prefeito de Felipe Guerra e presidente da IGR Oeste Potiguar, Ubiracy Pascoal, representando o deputado estadual Ivanilson Oliveira, Dr. Ivan Oliveira, o gerente de turismo de Mossoró, Márcio Takagi (no ato representando o prefeito Allyson Bezerra), a gestora do PARNA Furna Feia coordenadora do Programa de Turismo de Base Comunitária (TBC), Lúcia Guaraldo, o chefe da base do ICMBio / Cecav no RN, Diego Bento, entre outras autoridades e instituições públicas e privadas do turismo, cultura e meio ambiente.
Segundo Alexandre Dantas, diretor administrativo da FEBTUR-RN e delegado da Febtur Regional Oeste Potiguar e presidente da ProTurismoRN, “Baraúna está no mapa do turismo de cavernas brasileiro com potencial para se tornar um destino nacional, a exemplo de locais consagrados como Bonito-MS ou a Chapada Diamantina, devido a importância do RN como quarto colocado no ranking de estados com mais cavernas no país. E o diferencial é: o sertão potiguar está revelando ao Brasil seus tesouros escondidos debaixo da terra”.
A Rota das Cavernas reúne municípios como Baraúna, Felipe Guerra, Apodi, Mossoró e Martins, que juntos concentram mais de 900 cavernas já mapeadas, algumas com registros de pinturas rupestres, fósseis, artefatos arqueológicos e uma biodiversidade subterrânea única. Esse quantitativo somado a outros municípios do RN como Governador Dix-Sept Rosado, Patu, Portalegre, Caraúbas, Upanema, Jucurutu, São Rafael, Assú, Portalegre, Areia Branca, Lucrécia, entre outros, totalizam 1.424 cavernas em todo o Estado. (Fonte: livro “CaveRNas - o carste potiguar” com base nos dados do CECAV/CANIE 2025)
Turismo, ciência, emprego e preservação
As cavernas não são apenas belas formações geológicas. Elas oferecem serviços ambientais essenciais, como a preservação da biodiversidade, a proteção de aquíferos e a conservação de espécies troglóbias ameaçadas de extinção. Além disso, são laboratórios vivos para estudos paleoclimáticos, arqueológicos e biológicos.
Mas não para por aí. O espeleoturismo é também uma ferramenta de transformação social e econômica. A abertura da Rota das Cavernas e do Parque Nacional da Furna Feia representa geração de empregos diretos e indiretos, capacitação de guias locais, estímulo ao empreendedorismo com pousadas, restaurantes e produção de artesanato, além da atração de turistas interessados em ecoturismo, aventura e cultura.
O RN embaixo da terra: um destino a ser descoberto
O turismo potiguar se reinventa ao olhar para suas profundezas. As cavernas são testemunhas de milhares de anos de história natural e humana. São abrigo de fauna rara, fonte de água, palco de rituais e moradia ancestral. Agora, ganham o merecido destaque como motor do desenvolvimento sustentável no sertão.
E para quem ainda não conhece, o convite está feito: desbravar o mundo subterrâneo do Rio Grande do Norte é embarcar numa viagem ao passado com os olhos voltados para o futuro.
| Caverna da Catedral, Felipe-Guerra (Foto: Diego Bento - ICMBio-CECAV) |
Turismo, ciência, emprego e preservação
As cavernas não são apenas belas formações geológicas. Elas oferecem serviços ambientais essenciais, como a preservação da biodiversidade, a proteção de aquíferos e a conservação de espécies troglóbias ameaçadas de extinção. Além disso, são laboratórios vivos para estudos paleoclimáticos, arqueológicos e biológicos.
Mas não para por aí. O espeleoturismo é também uma ferramenta de transformação social e econômica. A abertura da Rota das Cavernas e do Parque Nacional da Furna Feia representa geração de empregos diretos e indiretos, capacitação de guias locais, estímulo ao empreendedorismo com pousadas, restaurantes e produção de artesanato, além da atração de turistas interessados em ecoturismo, aventura e cultura.
O RN embaixo da terra: um destino a ser descoberto
O turismo potiguar se reinventa ao olhar para suas profundezas. As cavernas são testemunhas de milhares de anos de história natural e humana. São abrigo de fauna rara, fonte de água, palco de rituais e moradia ancestral. Agora, ganham o merecido destaque como motor do desenvolvimento sustentável no sertão.
E para quem ainda não conhece, o convite está feito: desbravar o mundo subterrâneo do Rio Grande do Norte é embarcar numa viagem ao passado com os olhos voltados para o futuro.
Comente no post:
0 comentários:
Adicione seu comentário sobre a notícia