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Corte Penal Internacional Investiga Cruzeiros


Prisioners Defenders revelaram que o TPI está Investigando o Confisco de 80% do Salário de Cubanos que Trabalhavam em Navios de Cruzeiro da MSC

Nas águas do distrito portuário de Doha, no Catar, estão atracados três transatlânticos luxuosos da empresa MSC Cruzeiros, que está sob o radar do Tribunal Penal Internacional (TPI) por contratar trabalhadores cubanos em condições de "escravidão".

A cinco dias do início da copa do mundo de futebol que será disputada na península arábica de 20 de novembro a 18 de dezembro, Javier Larrondo, presidente da Prisoners Defenders, revelou que a alta corte internacional está investigando as irregularidades trabalhistas denunciadas por 1.000 trabalhadores cubanos, que asseguram em dossier consignado pela organização, que apenas receberam 20% dos seus vencimentos pelos dias a bordo dos cruzeiros MSC Opera e MSC Poesía, ambos aptos a operar no Mundial.

Os trabalhadores cubanos sustentam que 80% de seus salários acabavam nos cofres do regime para “ajudá-lo a arrecadar reservas vitais em moeda estrangeira”. Em dinheiro, do salário de 385 dólares estimado para cada trabalhador, o sistema comunista a cargo de Miguel Díaz-Canel confiscou 285 dólares, deixando apenas 82 nos bolsos de seus compatriotas.

Outros, cujos salários eram cotados em libras esterlinas, também tiveram seus rendimentos sequestrados depois que o regime cubano reteve 229 libras esterlinas das 287 que haviam prometido. Os abusos foram além. Entre suas acusações, o pessoal cubano das embarcações destaca que os funcionários da empresa MSC retiraram seus passaportes e estabeleceram um mínimo de 40 horas semanais de trabalho.

Negócios Mundiais

O arquivo com as denúncias também está nas mãos das Nações Unidas porque, segundo Larrondo, “'as vítimas declaram que os funcionários da MSC Cruzeiros se tornaram para elas uma extensão da repressão do regime cubano.'


No entanto, as esposas e namoradas da Inglaterra, conhecidas como WAGs, estão entre as que ficarão nesses Cruzeiros. Uma delas é a namorada de Jack Grealish, Sasha Attwood, o casal do zagueiro inglês Eric Dier, Anna Modler, e a noiva de Marcus Rashford, Lucia Loi,


Os custos do pacote são superiores a 6.000 euros e durante a Copa do Mundo o quarto mais barato em qualquer um dos três navios da MSC no porto de Doha custará quase 400 euros por noite e os fãs terão que reservar no mínimo duas noites no MSC World Europe, ancorado em Doha, que possui seis piscinas, 14 jacuzzis com vista para o mar e uma promenade de 643 pés, o MSC Opera que possui shopping center próprio ou o MSC Poetry com capacidade para 3.000 passageiros.

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O Crime

A MSC contratou o pessoal cubano através da agência do regime cubano, Selecmar em Havana, que gera cerca de 8.000 milhões de dólares por ano para o castrismo colocando mão de obra local no exterior.

Na véspera da cerimônia de abertura do Qatar 2022, a MSC insiste que não emprega mais trabalhadores cubanos, mas aceita que pagou uma parte de seus salários às autoridades cubanas como uma "exigência regulatória". Por meio de um comunicado divulgado pelo Dayli Mail, ele admite que “como todas as companhias de navegação quando tínhamos operações em Cuba, o que não temos mais, tínhamos que contratar nossa tripulação cubana através da Selecmar, o que era uma exigência das autoridades cubanas.

Embora sempre tenhamos pago o salário integral de todos os tripulantes empregados em nossa frota, os requisitos regulatórios locais significam que parte disso foi entregue às autoridades cubanas para alocação às famílias dos tripulantes cubanos”.

Em contato com o PanAm Post, Javier Larrondo assegurou que "os casos e documentos datam de 2019" porque esses negócios chegaram "até a pandemia, reconhecido pelo MSC e foi feito, disse o MSC, porque são as condições que Cuba impõe ."

Ele ainda destacou que “em um crime contra a humanidade, o TPI costuma processar os mais altos líderes dos países envolvidos. Aqui é Cuba quem comete o crime com a necessária participação, cumplicidade e intervenção do MSC”.


Por Gabriela Moreno
para PanAm Post
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MARIO PINHO

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