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Atriz Geninha da Rosa Borges morre aos 100 anos, no Recife


 Geninha da Rosa era conhecida como a "Dama do teatro pernambucano". 
Foto: Divulgação.


A atriz, diretora teatral e educadora Geninha da Rosa Borges morreu no Recife. Considerada a "dama do teatro pernambucano", ela completou 100 anos, na terça (21). De acordo com parentes, a artista faleceu em casa, na Zona Norte da capital pernambucana. 

O falecimento de Geninha foi confirmado por Breno da Rosa Borges, um dos quatro filhos de Geninha, na tarde de quinta-feira. A atriz e diretora teatral era viúva.

Breno informou que a atriz sentiu falta de ar e uma médica da família foi chamada para fazer exames e alertou que seria um problema nas vias respiratórias.

O filho da atriz, informou que ela gostaria de ser cremada e que as cinzas fossem jogadas no Teatro de Santa Isabel, no Centro do Recife.

Breno da Rosa Borges confirmou que o velório acontecerá no sábado (25), no Teatro de Santa Isabel, das 9h às 16h.

A Cremação está marcada para o Cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife. O filho da artista informou que os parentes ainda vão decidir se essa cerimônia será no domingo (26) ou na segunda (27).


Maria Eugênia Franco de Sá da Rosa Borges nasceu em 1922, a artista participou de mais de 60 peças, ao longo de 81 anos de carreira (veja vídeo abaixo).

Atriz e diretora recifense Geninha da Rosa Borges celebrou 100 anos

Geninha fez teatro, cinema, rádio e TV. A primeira experiência dela com a dramaturgia foi em 1941, quando tinha 19 anos e atuou na peça "Noite de estrelas", em uma apresentação beneficente no Colégio São José.

Geninha foi para os palcos por causa de um convite do dramaturgo e médico Waldemar de Oliveira. Com ele, a atriz entrou para o Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP).

Valdemar apresentou Geninha a Otávio da Rosa Borges, irmão da sua esposa Diná, com quem a atriz e diretora se casou em 1946.

Ao longo das décadas, Geninha foi mudando de personagem, de acordo com a idade. Em algumas produções, interpretou moças e senhoras.

Um dos trabalhos mais marcantes dela é "Um sábado em 30", peça escrita por Luiz Marinho e ambientada durante a Revolução de 1930, que culminou no golpe de estado que levou Getúlio Vargas à presidência da República.

Entre a década de 1980 e 2000, Geninha atuou como gestora cultural, em cargos no Museu da Cidade do Recife, no Teatro de Santa Isabel e no Instituto de Assuntos Culturais da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).

Em 2004, já com mais de 60 anos de carreira nos palcos, Geninha estreou em novelas. Em "Da cor do pecado", da TV Globo, ela interpretou Dona Nonô, uma cortesã rica. Contracenava com a atriz Maitê Proença e o ator Ney Latorraca.

Em 2007, a atriz virou enredo da peça "Geninha da Rosa Borges é Leão do Norte", em que, aos 85 anos, relatava a rica trajetória entremeada com poemas.


O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), relatou através de uma nota que o teatro pernambucano perdeu "uma de suas maiores representantes".

"Quero expressar minha solidariedade, neste momento de profunda tristeza, aos amigos, parentes e fãs que acompanharam a trajetória de sucesso e a história de mais de 80 anos de carreira. Sua presença estará sempre marcada nos palcos do nosso estado", disse.

A Secretaria de Cultura e a Fundação de Cultura Cidade do Recife lamentaram a morte da atriz Geninha da Rosa Borges, "grande dama do teatro pernambucano, que havia acabado de completar 100 anos de uma vida inteira devotada à arte"

"Geninha foi, é e para sempre será das maiores estrelas que já brilharam no teatro pernambucano", informou o comunicado.


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Roberta Monteiro

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