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Espetáculo Descontrole Público é inspirado no universo dos games



  
Espetáculo Descontrole Público tem linguagem dos videogames.
Foto: Victor Otsuka


Utilizando a estética dos games, o diretor Pedro Granato amplifica as fronteiras entre o teatro, cinema e performance digital em seu novo espetáculo Descontrole Público levando a interatividade para lugares ainda não explorados. O espetáculo tem sua estreia no dia 20 de agosto. Com 20 atores, as cenas acontecem simultaneamente em 6 salas onde o público vai escolher qual grupo acompanhar e controlar um personagem.

Com dramaturgia de Beatriz Silveira e Felipe Aidar, no elenco estão Agnaldo Moreno, Álvaro Leonn, Andressa Lelli, Bea Carmo, Bela Tortato, Celina Vaz, Guilherme Trindade, Heloísa Pires, Julia Terron, Manfrin, Mariane Aguiar, Maysa Nanci, Natália Correa, Paloma Alecrim, Priscila Paes, Renata Xá, Taiguara Chagas, Talita Torrecillas, Victor Moretti e Well Bakari.

Resultado de mais uma pesquisa sobre teatro interativo do Pequeno Ato, o espectador conduz as personagens por comandos de voz no primeiro encontro presencial de um grupo de jovens após muito tempo de isolamento. Espalhados em um espaço que eles alugaram para passar uma noite juntos e celebrar o reencontro, um grupo de amigos busca viver intensamente tudo que perderam nos últimos tempos.

Uma característica marcante do processo de pesquisa e criação do grupo junto ao diretor é uma resposta direta às questões que os afligem gerando reflexão política e social. "Agora o que está acontecendo é que temos uma geração inteira que está passando períodos muito grandes de descoberta e afirmação afastados fisicamente, por conta da pandemia. O espetáculo trata da reunião de um grupo de jovens que não puderam se encontrar, mas fecharam ciclos importantes de suas vidas, então resolvem alugar uma casa com bastante área externa para celebrar esse momento", explica o diretor.

Espetáculo Descontrole Público tem linguagem dos videogames.
Foto: Victor Otsuka

Para desenvolver a montagem, os criadores trabalharam juntos virtualmente durante 10 meses. O processo de pesquisa e criação aconteceu com os atores ensaiando em suas casas. Em alguns momentos fizeram experimentações na rua, ao ar livre, para romper a barreira do computador e investigar novas possibilidades estéticas. Quando ocorreu a retomada de algumas atividades, em função da baixa na pandemia, o grupo conseguiu promover pequenos encontros no Pequeno Ato para testar o formato.

O Pequeno Ato investiga o teatro imersivo e a formação de novos públicos, desde 2014 quando estreou o espetáculo Fortes Batidas - Prêmio APCA de Melhor Espetáculo em Espaço não Convencional, Prêmio Especial por Experimentação de Linguagem no Prêmio São Paulo e Prêmio Zé Renato para circulação. Em 2021, inovou ao colocar o espectador em cena virtualmente assumindo o papel de investigador de um crime e conduzindo o desfecho da trama em Caso Cabaré Privê - vencedor do prêmio APCA na categoria jovem e Prêmio WeDo! nas categorias Performance, Direção, Júri Popular e Interatividade.

Para Pedro Granato, Descontrole Público é uma experimentação formal que vai além de qualquer outro trabalho já realizado por ele. "O público vai realmente conduzir a experiência, os atores serão avatares dos desejos e escolhas da plateia. Vamos tornar os espectadores autores, porque eles vão contar as histórias e conduzir para a trama avançar."

Pedro Granato, Coordenador de Formação na Secretaria Municipal de Cultura, em 2019 e 2020 foi também Coordenador dos Centros Culturais e Teatros Municipais. Em sua gestão em um ano, dobrou o público destes espaços e inaugurou o Centro Cultural da Diversidade, além de participar da criação e execução de Festivais como Verão Sem Censura e Palco Presente. E reinaugurou os teatros Paulo Eiró e Arthur de Azevedo.

No Pequeno Ato investiga o teatro imersivo e a formação de novos públicos. Essa pesquisa permanente resultou em espetáculos criados colaborativamente que conquistaram a crítica e o público jovem: Fortes Batidas - Prêmio APCA de Melhor Espetáculo em Espaço não Convencional, Prêmio Especial por Experimentação de Linguagem no Prêmio São Paulo e Prêmio Zé Renato para circulação e 11 Selvagens pré-indicado para "melhor texto original" no Prêmio São Paulo; entre os 10 melhores espetáculos de 2017 pela Revista Veja e PROAC Circulação para viagens ao interior do estado.

Em 2019, em absoluta sintonia com o momento político do país, o Núcleo estreou Distopia Brasil, indicado ao Prêmio Aplauso Brasil nas categorias Melhor Arquitetura Cênica e Melhor Figurino para o 1º Semestre de 2019. Foi contemplado pelo Prêmio Cleyde Yaconis realizando 20 apresentações em espaços públicos do centro de são Paulo, tendo os ingressos esgotados em menos de 5 minutos, e 8 apresentações em CEUs. Em 2021, conquistou público e critica com Caso Cabaré Privê eleito como Melhor Espetáculo Jovem no Prêmio APCA; Prêmio WeDo! nas categorias Performance, Direção, Prêmio do Júri Popular e Interatividade; também foi destaque pelo Observatório do Teatro nas categorias Luz, Figurino, Atriz Coadjuvante (Gabriela Gonzalez), e no Guia da Folha entre as 5 melhores atrações do ano para se ver pela internet.


Serviço:

DESCONTROLE PÚBICO
De 20 de agosto a 05 de setembro– Sextas e sábados as 21h e 23h, domingos as 19h e 21h.
Duração: 60 minutos.
Classificação etária: 16 anos.
Ingressos: a partir de R$20.
Capacidade: 90 espectadores.
Venda ingressos e acesso à transmissão: Sympla.com.br/pequenoato

Especificação técnica: baixar o aplicativo Zoom, preferencialmente no PC ou notebook. Também é possível assistir por tablet, celular ou emparelhamento com Smart TV.
Compart.

Roberta Monteiro

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