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Vendas do comércio crescem 1,8% em abril, segundo o IBGE

No e-commerce, levantamento da CNDL revela que setores que mais cresceram em vendas foram os de comida por delivery e compras de supermercado pela internet /Foto: Reprodução/Google



Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que as vendas do comércio varejista cresceram 1,8% em abril na comparação com o mês de março. Essa é a maior alta para um mês de abril em 21 anos, o que ocorre em meio às restrições impostas devido ao coronavírus.

Dessa forma, o setor recuperou a queda de 1,1% em março e voltou a ficar acima do patamar pré-pandemia. Ainda na comparação com abril do ano passado, a alta foi de 23,8%, considerada a segunda taxa positiva consecutiva.

Entre os setores que mais de destacaram, estão móveis e eletrodomésticos (24,8%), seguida de tecidos, vestuário e calçados, de 13,8%. Pelo conceito varejo ampliado, que inclui 'Veículos, motos, partes e peças'(20,3%) e de 'Material de construção' (10,4%), o aumento foi de 3,8% nas vendas.

Uma outra pesquisa da CNDL - Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e do SPC Brasil revelou que a comida por delivery e as compras de supermercado pela internet foram as categorias que mais se destacaram no comércio online.

Para Felipe Dellacqua, especialista em e-commerce e um dos sócios da VTEX, multinacional que desenvolve plataformas de e-commerce para um quarto das lojas virtuais do país, esse dado mostra que o consumidor tem dado prioridade para o conforto.

"O brasileiro percebeu que não precisa sair de casa para comprar comida ou fazer compras. Além de ser mais prático receber o que compra em casa, ele se mantém em isolamento social com a família e evita se expor ao coronavírus também", diz.

Nos últimos 12 meses, o estudo mostrou que 91% dos brasileiros realizaram alguma compra pela internet, o que revela um aumento de 5 pontos percentuais na comparação com levantamento anterior realizado em 2019. Já a quantidade média de compras no período de 1 ano aumentou de 7 vezes para 8,5 vezes.

"É uma tendência que veio para ficar. Estamos digitalizando muitos processos que antes eram totalmente físicos para garantir ainda mais conforto ao consumidor. Muitos varejistas físicos adotaram o Whatsapp como canal de compra digitalizando uma compra que seria física. Grande parte do varejo também permite que se faça a compra por marketplace ou Whatsapp e a retirada seja por meio de drive-thru, o que também é confortável para o consumidor que quer retirar a compra de forma rápida", comenta o especialista.

Segundo a mesma pesquisa, entre os produtos mais vendidos pela internet, estão eletrônicos e informática (71,4%), livros (70,6%), eletrodomésticos (61,9%), produtos de beleza (52,7%), artigos para casa (51,6%) e moda (51,1%). O levantamento mostra ainda que o dispositivo mais utilizado para compras online é o celular (87%), seguido por notebook (40%) e desktop (28%).

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Redação Fácil

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