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Visite Ceará realiza seminário Conexões do Turismo – Uma Nova Era

Criatividade, competência e profissionalismo inspiraram a equipe do Visite Ceará Fortaleza Convention & Visitors Bureau a realizar um seminário para falar do momento atual e das práticas a serem desenvolvidas pós pandemia


Celina Castro Alves, Enid Câmara, Ivana Rangel e Suemi Vasconcelos 
foto : Rogério Lima

Ivana Bezerra Rangel, presidente do Visite Ceará, não estava só. Ela conseguiu patrocínio e cercou-se de talentos femininos da sua equipe – Suemi Vasconcelos e Celina Castro Alves – e da equipe da Prática Eventos, dirigida por Enid Câmara, a quem coube a organização do evento, online e gratuito. O resultado foi um seminário de dois dias de completa abordagem de temas que trouxeram muitas respostas e ensinamentos, com a participação de palestrantes dirigentes de entidades local e nacional.

O seminário foi realizado nos dias 30 de junho e 1º de julho, com mais de 20 convidados, especialistas em diversas áreas, para discutir a importância dos protocolos na retomada do turismo. Foi uma abordagem abrangente, na busca de soluções para o amanhã no Brasil e no mundo. Nem todas as questões foram respondidas, pois o momento é de incerteza, mas cada um mostrou-se otimista e crente de que venceremos este desafio. Será de cabeça erguida, mas privados do sorriso, como bem lembrou o gerente do Gran Marquise, Philipp Godefroit, que vê sua equipe de máscara, sem a expressão sorridente para receber o hóspede.

O seminário foi dividido em eixos, o que resultou em oito momentos de temas importantes. Há uma preocupação geral com os protocolos, que bem aplicados vão garantir confiança para atrair o turista. Presente no eixo 1, o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, espera que os preços das passagens continuem no mesmo patamar de março último, mas acrescentou que as tarifas dependem do câmbio, e o Brasil é campeão em desvalorização cambial.

Algumas exigências dos protocolos podem gerar polêmica. Andrea Pal, CEO da Fraport Brasil, disse que os aeroportos não têm condições de manter o distanciamento de dois metros entre os passageiros no atendimento, e que este mesmo passageiro vai entrar no avião e ficar lado a lado com o outro. Na opinião de Guilherme Paulus, fundador da CVC, a refrigeração do avião é trocada com frequência e isto garante o processo de higienização.

No geral, os palestrantes acreditam que o turismo vai recomeçar pelo doméstico de curtas distâncias e que a confiança do turista é cultural, diferente em cada país. A queda na demanda vai ser motivada pelo fator econômico e não pela falta de confiança. Há uma sugestão geral de que a imagem do Brasil precisa ser reconstruída nos países da Europa e Estados Unidos.


Outra questão mencionada de forma sutil é a divergência nos protocolos. Alguns indagam por que os eventos não podem acontecer de forma presencial e os shoppings podem abrir com maior número de frequentadores que os eventos. Para a presidente da Abeoc Nacional, Fátima Facuri, a tecnologia pode auxiliar, mas nada substitui o presencial. Os organizadores de eventos estão conscientes da necessidade de fazerem um evento seguro, com salas bem dimensionadas.

No último painel, Bob Santos, especialista em Políticas Públicas do Turismo, falou que o turismo é sensível a muitas ocorrências e requer desafios. No mesmo bloco, o diretor do Beach Park, Murilo Pascoal, disse que o empreendimento está preparado para o digital na compra de ingressos, nos cardápios e nos cadastros. A preocupação é a segurança do visitante e a abertura deverá ocorrer no dia 20 de julho. Os hotéis abrirão gradativamente.

Enquanto as pessoas pensam no turismo doméstico, o secretário de Turismo do Ceará, Arialdo Pinho, pensa grande, atento ao mercado mundial e falou de novos voos em outubro. Para ele, Fortaleza fica distante para o turismo rodoviário. Numa previsão imediata, ele aguarda uma movimentação local, depois nacional e pretende voar mais alto, levando a sério os protocolos, para que não haja retrocesso, como vem ocorrendo em alguns Estados. Na sua abordagem também foi citado problema da falta de coordenação em alguns destinos. Citou Jericoacoara, que a vila está em isolamento e o parque está liberado. Isto também está ocorrendo em Foz do Iguaçu e no Maranhão.

O seminário foi enriquecido com o talento da mestre de cerimônia, Norma Zélia, e teve a participação de vários Estados do Nordeste e dos municípios cearenses. Houve muitos questionamentos dos guias de turismo, que estão há três meses sem ganhar nada, devido à ausência de turistas. No final, Ivana Rangel compareceu para os agradecimentos aos palestrantes e patrocinadores e externou sua satisfação de dever cumprido, informando que o evento teve 6.600 pessoas assistindo. Os intervalos foram enriquecidos com um clipe com imagens de Fortaleza e dos municípios turísticos do Estado. O seminário teve um formato diferenciado e foi bastante elogiado por todos.

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MARIO PINHO

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