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Longa estreia dia 20 de Junho nos cinemas / Foto: Divulgação |
Texto produzido por @well.nchagas
"Bandida - Número Um #1" chega chegando aos cinemas esse mês de Junho e mostra que: Lugar de mulher é onde ela quiser - Inclusive no Tráfico.
Dirigido por João Wainer (“A Jaula”), que assina também o roteiro ao lado de Patrícia Andrade, é rodado na comunidade do Pavão-Pavãozinho, no Rio de Janeiro, o drama "Bandida - A Número Um" ganhou seu primeiro trailer, que inclusive chamou a atenção pelas cenas de "tiro, porrada, bomba e confusão" literalmente, embaladas por uma trilha sonora oitentista, destaque para a música de enorme sucesso da época "O AMOR E O PODER", adaptação tupiniquim, interpretada pela cantora Rosana, que foi também trilha sonora da telenovela global "Mandala" - a música original "THE POWER OF LOVE", foi interpretada e ganhou vida e sucesso pela voz da cantora Canadense Céline Dion.
O longa é inspirado no livro autobiográfico "A Número Um", de Raquel de Oliveira, a história acompanha Rebeca e conta a história real da primeira mulher a chefiar o tráfico de drogas na Rocinha, nos anos 80, que é enterpretada por Maria Bomani, atriz e cantora que participou da 22ª edição do reality show Big Brother Brasil 2022 e foi expulsa por agressão.
O recorte do filme e a favela da Rocinha no Rio de Janeiro da década de 80, e com apenas 9 anos, Rebeca foi vendida pela avó para o bicheiro que comandava a favela, na zona sul carioca, e já se viu imersa em um mundo de corrupção e violência. Anos mais tarde, ao se apaixonar pelo chefe do crime e vê-lo sendo assassinado por uma facção rival, Rebeca assume a quadrilha e toma o posto de número um do tráfico de drogas da comunidade.
As frases emblemáticas da Raquel, a Bandida que ganha vida através da interpretação da Maria Bonami, que também narra o filme na primeira pessoa, trazem um pouco de veracidade a narrativa do filme como: "EU NÃO NASCI BANDIDA. VIREI" e "NÃO TEM NADA MAIS PERIGOSO, DO QUE ALGUÉM QUE NÃO TEM NADA A PERDER - EU PERDI TUDO".
A protagonista do filme deu entrevista junto com diretor na coletiva de impressa e disse:
“Sempre tive vontade de fazer um papel forte como esse, queria contar uma história, mostrar como é a vida numa favela como a Rocinha. O papel político da arte é fazer pensar. Acredito que vou levar para a personagem a minha vivência, sem repetir padrões”, diz Maria, que foi criada na comunidade da Cidade Alta, em Cordovil, na zona norte do Rio de Janeiro. “Busquei um elenco com pessoas que tinham a oferecer mais do que simplesmente a capacidade de atuação, mas também com a energia dos personagens. Maria tem a energia contestadora da Rebeca”, destaca o diretor João Wainer.
Além de Maria no papel da protagonista Rebeca, o filme apresenta Milhem Cortaz (Amoroso), Jean Amorim (Pará, companheiro de Rebeca), o pernambucano e Recifense Otto (Del Rey da Rocinha), MC Marechal (Gil), Sant (Boca Murcha), João Vitor Nascimento (Carcará), Jorge Hissa (Cara Murcha), JP Rufino (Menor B), Natália Deodato (Gigi) e Michely Gabriely, esta última interpretando a versão jovem de Rebeca.
Ponto alto e destaques do filme fica para a trilha sonora esmagadora, com uma seleção de músicas que não apenas complementam a narrativa, mas também ajudam a estabelecer o período histórico em que a história se passa. O design de som é eficaz em imergir o público na realidade da Rocinha, com todos os seus sons característicos e intensidade - já que a única atuação que se salva e a do Mihem Cortaz como o "Amoroso" que dá um show a parte, as demais inclusive da protagonista são bem medianas.
Como filmes com histórias sobre o tráfico, facções, drogas, sexo e rock in roll... Ja fazem parte do nosso cotidiano e imaginário da vida real... Inclusive temos exemplares que fizeram escola e são estudados até hoje como "CIDADE DE DEUS", "TROPA DE ELITE 1 E 2", "TODOS CONTRA UM", "MEU NOME NÃO É JOHNNY", ERA UMA VEZ... e etc... Isso fora as séries que temos como "VALE O ESCRITO", "DOM", "IMPUROS", "SINTONIA", "O JOGO QUE MUDOU A HISTÓRIA", "SANTO" e etc... Era de se esperar que o primeiro filme sobre uma mulher que comandou o tráfico de drogas na década de 80, quando a Rochinha era a maior favela do Brasil e uma das maiores do mundo... Fizesse jus ao livro e a história - mais infelizmente não é isso que acontece, e temos aqui mais um exemplar do velho conhecido, fadado e famigerado "mais do mesmo". E ponto.
A produção é da Paris Entretenimento em coprodução com TX Filmes, Film2B, Claro e Telecine e apoio da Rio Filme, órgão que integra a Secretaria de Cultura da Prefeitura do Rio. O longa tem data de estreia marcada para 20 de junho nos cinemas, com distribuição da Paris Filmes.
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