Inovações sustentáveis para o Meio Ambiente e Comunidades Vulneráveis

Horta de Manguinhos emprega 21 pessoas da comunidade

  

No Contexto de Sustentação Ambiental, as iniciativas implementadas pelo Rio de Janeiro ganham ainda mais importância.

A cidade está enfrentando não apenas os desafios locais de calor excessivo e desmatamento urbano, mas também está lidando com os efeitos mais amplos das mudanças climáticas como a elevação do nível do mar. Tempestades mais intensas e frequentes, enchentes e deslizamentos de terra representam ameaças significativas para as comunidades urbanas, especialmente aquelas localizadas em áreas de encosta e baixadas.
 

Nesse sentido, a abordagem adotada pela cidade do Rio de Janeiro é crucial, pois reconhece a necessidade de adaptar-se às mudanças climáticas em curso, ao mesmo tempo em que procura mitigar os impactos ambientais. Investimentos em infraestrutura resiliente, sistemas de alerta precoce e planos de evacuação são essenciais para proteger as comunidades vulneráveis e reduzir os danos causados por eventos mais severos como as fortes chuvas. Além disso, a conscientização pública e a educação ambiental desempenham um papel fundamental na construção de uma cultura de resiliência e sustentabilidade, capacitando os cidadãos a se prepararem e se adaptarem aos desafios que enfrentam.
 

O Rio de Janeiro, conhecido pela beleza natural, tem enfrentado problemas e desafios ambientais significativos, especialmente nas favelas, onde as altas temperaturas podem se tornar insuportáveis durante o verão. Em resposta a essa questão, a cidade instituiu programas inovadores visando diminuir o calor nessas áreas. Esses programas incluem iniciativas de arborização urbana, instalação de telhados verdes e a promoção de espaços de lazer com sombra para os moradores. Essas medidas não só ajudam a reduzir o calor excessivo, mas também contribuem para melhorar a qualidade do ar e criar ambientes mais saudáveis e agradáveis para os residentes das favelas cariocas.
 

Outra iniciativa recentemente, divulgada no Diário Oficial, é a criação de hortas comunitárias para alimentar famílias em situação de vulnerabilidade. Essa ação não apenas aborda questões ambientais, mas também enfrenta os desafios sociais ligados à segurança alimentar. Os espaços coletivos não só fornecem alimentos frescos e saudáveis para os moradores das favelas, mas também promovem a segurança alimentar, o empoderamento da comunidade e a educação nutricional.
 

Essas hortas não apenas contribuem para a redução da pegada de carbono da cidade, ao diminuir a necessidade de transporte de alimentos de longas distâncias, mas também fortalecem os laços sociais dentro das comunidades. Além disso, ao envolver os moradores na produção da própria subsistência, as hortas comunitárias ajudam a aumentar a resiliência das comunidades diante de choques econômicos e ambientais. Portanto, a criação desse ecossistema representa mais uma etapa importante no compromisso do Rio de Janeiro em abordar questões ambientais e sociais de maneira integrada e sustentável. Essas iniciativas refletem uma abordagem holística para o desenvolvimento urbano, reconhecendo a interconexão entre o meio ambiente, a economia e o bem-estar social.
 

Além disso, a cidade do Rio de Janeiro também está investindo em tecnologia para monitorar a perda de árvores em toda a região metropolitana. O desmatamento urbano é uma preocupação crescente, pois a natureza desempenha um papel crucial na regulação do clima local, na mitigação das ilhas de calor e na preservação da biodiversidade. Por meio do uso de drones equipados com câmeras de alta resolução e análise de imagens de satélite, as autoridades podem agora monitorar de perto as áreas onde a vegetação está sendo perdida e implementar medidas para proteger e aumentar a cobertura arbórea da cidade.
 

Esses esforços demonstram um compromisso sério por parte das autoridades do Rio de Janeiro em enfrentar os desafios ambientais urbanos de forma proativa e eficaz. Ao combinar iniciativas de adaptação às mudanças climáticas com tecnologias inovadoras de monitoramento, a cidade está trabalhando para criar um ambiente mais sustentável e resiliente para os habitantes. Espera-se que esses programas não apenas melhorem a qualidade de vida nas favelas, mas também sirvam como modelo para outras cidades enfrentarem problemas semelhantes em todo o mundo.
 

*Anderson Dias Cezar é coordenador dos cursos de Pós-graduação da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio

 

*O conteúdo dos artigos assinados não representa necessariamente a opinião do Mackenzie.

 

Sobre a Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio

 

A Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio é uma instituição de ensino confessional presbiteriana, filantrópica, que se dedica às ciências sociais. A instituição é comprometida com a formação de profissionais competentes e com a produção, disseminação e aplicação do conhecimento, inserida na sociedade para atender suas necessidades e anseios, e de acordo com princípios cristãos.

 

O Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM) é a entidade mantenedora e responsável pela gestão administrativa dos campi em três cidades do País: Brasília (DF), Curitiba (PR) e Rio de Janeiro (RJ). As Presbiterianas Mackenzie têm missão educadora, de cultura empreendedora e inovadora. Entre seus diferenciais estão os cursos de Medicina (Curitiba); Administração, Ciências Econômicas, Contábeis, Direito (Brasília e Rio); e Engenharia Civil (Brasília).

 

Por Anderson Dias Cezar