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“Invocação do Mal 4" encerra a franquia de forma digna e eletrizante, mas sem reinventar

Último filme da franquia chega nesta quinta-feira, 04 de Setembro, nos cinemas / Foto: Divulgação



Invocação do Mal 4: O Último Ritual” chega aos cinemas com a responsabilidade de fechar uma das franquias de terror mais bem-sucedidas da última década. Desde 2013, a saga idealizada por James Wan transformou Ed e Lorraine Warren em ícones pop do gênero, equilibrando o sobrenatural com a força dramática de seus protagonistas. Agora, o capítulo final busca não apenas sustos, mas também um encerramento digno para a trajetória desse universo.

O longa retoma a estrutura que consagrou a franquia: uma investigação conduzida pelo casal Warren (Patrick Wilson e Vera Farmiga), desta vez diante de um dos casos mais sombrios de suas carreiras. A narrativa se ancora novamente no embate entre fé e maldição, explorando possessões, rituais satânicos e a eterna luta entre o sagrado e o profano.

Se em termos de enredo o filme não se arrisca em inovações radicais, sua força está na forma como conduz a atmosfera. A direção mantém o ritmo lento, alternando silêncios opressivos e momentos de explosão com jumpscares eficientes. A fotografia escura e os enquadramentos que exploram o vazio  reforçam a sensação de ameaça constante.




Patrick Wilson e Vera Farmiga continuam sendo o coração da franquia. Sua química em cena dá verossimilhança ao improvável, sustentando a história mesmo quando a trama se aproxima de lugares-comuns do terror. Farmiga, em especial, imprime emoção em cada aparição, transformando Lorraine em uma figura que transcende o arquétipo da médium.

No entanto, é inegável que o desgaste natural da fórmula aparece. O espectador mais atento pode prever alguns sustos e reconhecer estruturas narrativas já vistas nos capítulos anteriores. Ainda assim, “O Último Ritual” não deixa de entregar momentos de genuína tensão e uma condução competente para um adeus esperado.



No saldo final, o filme cumpre o papel de encerrar o ciclo com respeito ao legado da franquia. Não revoluciona o gênero, mas preserva a essência que tornou “Invocação do Mal” um marco no terror contemporâneo. É um desfecho sólido, que deve satisfazer tanto os fãs fiéis quanto o público casual em busca de boas doses de medo.

Invocação do Mal 4: O Último Ritual” estreia nesta quinta-feira nos cinemas brasileiros.

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Jefferson Victor

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