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Sabor de São Paulo segue Rota Gastronômica Encantos da Anhanguera Central e Serra do Itaqueri




Programa da Setur-SP, em parceria com o Mundo Mesa e o Senac São Paulo, apresenta para jornalistas, influenciadores e agentes de turismo uma seleção de Produtores Artesanais e Restaurantes de 10 Municípios do Interior do Estado

A sexta edição do Sabor de São Paulo, que aconteceu de 5 a 11 de novembro, levou um grupo de jornalistas, influenciadores digitais e agentes de turismo para explorar municípios de potencial turístico e gastronômico que integram a Rota Gastronômica Encantos da Anhanguera Central e Serra do Itaqueri.

Durante a viagem de sete dias, os convidados visitam 15 pontos de interesse entre fazendas, fábricas, cachaçaria, apiário, cervejaria e restaurantes. No final da semana (sexta e sábado), o grupo se concentra na sede do Senac Águas de São Pedro para a participação em um workshop destinado aos profissionais da área com direito a uma aula-show do padrinho da rota gastronômica da região, o chef e consultor Rodrigo Martins. Todos participam também do Festival Gastronômico aberto ao público, com comida e bebida de vários dos locais visitados no período.

O projeto da Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo (Setur-SP), em parceria com o Mundo Mesa e Senac São Paulo, teve início em julho deste ano e se estende até março de 2024 com o intuito de fomentar o turismo gastronômico paulista que integra 10 Rotas Gastronômicas distribuídas por todas as regiões do interior e do litoral do Estado. São viagens de uma semana que contemplam o rico cenário gastronômico que existe fora da capital, mostrando o dedicado trabalho de produtores artesanais e estabelecimentos comerciais típicos locais, em um painel que permite ao visitante compreender as cadeias de produção e apreciar a boa mesa que São Paulo oferece.

O Sabor de São Paulo também tem apoio de instituições como o Sebrae, a Faesp, Senar, a Aprecesp, a Amitesp, de prefeituras locais, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas e do Fundo Social.

Saiba mais sobre os lugares a serem visitados:

Fábrica Di Pamonha - Charqueada - Serra do Itaqueri


Na década de 1980, Ademir Assarisse deixou seu trabalho em uma estatal para cultivar cana-de-açúcar nas terras da família, na zona rural de Charqueada. Dez anos depois, o agricultor passou a vender para amigos e conhecidos da região as frutas e legumes produzidos em seu sítio com o auxílio da esposa e filhos, além de curau de milho-verde em "quentinhas" de alumínio.


O negócio cresceu e hoje a empresa trabalha com 15 produtos derivados do milho, entre bolos, pamonhas salgadas e doces, sequilhos, suco e a espiga cozida embalada a vácuo. Recentemente, a Fabrica Di Pamonha começou a investir no braço turístico e recebe pequenos grupos para conhecer todo o processo desde o plantio. Durante o passeio os visitantes podem consumir as delícias da fábrica.

Fazenda Quilombo - Limeira - Serra do Itaqueri


Antes chamada de Morro Azul, a fazenda centenária recebeu o nome Quilombo quando Ana Eufrosina e o marido, Ezequiel de Paula Ramos, herdaram parte das terras em 1870. Abolicionista, Ezequiel foi senador pelo estado de São Paulo e trouxe os escravos libertos da antiga Morro Azul para trabalhar na lavoura de café, quando as terras foram desmembradas. Apesar de produzir café desde 1846, a crise de 1929 interrompeu seu cultivo, que foi retomado nos anos 1970 e permanece até hoje com a produção de grãos 100% arábica da variedade Bourbon Amarelo.

Além da produção de café, o turismo rural é presente desde 2013 e a fazenda conta com estrutura para receber casamentos e outras celebrações, também para visitantes se hospedarem no local. No passeio, a fazenda oferece café colonial para os visitantes que participam da programação por meio período ou o almoço típico, para as visitas do dia todo.

Restaurante Rei do Cupim - Rio Claro - Serra do Itaqueri

Comandado por Wendell Luis Camargo há mais de 15 anos, o restaurante foi pensado para a família rio clarense e visitantes de todo o Estado. No cardápio, o cupim é o carro chefe e foi tomado como a identidade do lugar após o sucesso que o proprietário teve ao oferecer a receita de cupim casquerado que aprendeu em um restaurante de São José do Rio Preto. Para o Festival das Rotas Gastronômicas, a casa sugere seu cupim na cachaça, cozido na panela de pressão com aguardente e finalizado no forno. Todos os ingredientes são de produtores locais. O Rei do Cupim tem um ambiente rústico e confortável.

Mazzeo Cervejaria - Rio Claro - Serra do Itaqueri


Mazzeo Cervejaria é uma empresa familiar criada em 2016. Começou como cervejaria cigana e em 2020 iniciou a produção na fábrica própria. Em 2021, a marca inaugurou o BrewPub no mesmo local e oferece diversos pratos e aperitivos para harmonizar com a bebida. No mesmo ano, três cervejas da Mazzeo se destacaram no campeonato Brasil Beer Cup, trazendo medalhas de ouro para a Pedal Dunkel Weiss e Fumegada Rauchbier, e medalha de bronze para a Vagão Oatmeal Stout.


A cervejaria possui atualmente seis estilos de cerveja: German Pilsener, Witbier, American IPA, Dunkel Weiss, Oatmeal Stout e Rauchbier, além de uma colaborativa de estilo Barley Wine.

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Engenho e Apiário Scherma - Pirassununga - Encantos da Anhanguera Central

A história do Engenho e Apiário Scherma tem cerca de 100 anos. Começou com Jesus Scherma, que se dedicou à atividade por 60 anos, e há 40 é tocado pelo filho, Gilberto. O apiário produz de três e cinco mil quilos de mel por ano. Gilberto também planta na propriedade feijão para consumo próprio, tem um canavial e frutas diversas para fazer doces caseiros.


Há 22 anos, depois de um período difícil de secas e geadas, começou a produção de cachaças, uma tradição da família. O engenho produz 1.500 litros por ano. Sua esposa é quem faz a cachaça, os licores e os doces. Já ele e o filho cuidam das plantações e dos animais.

Adega Therense - Pirassununga - Encantos da Anhanguera Central


No mercado há 30 anos, a Adega Therense é parada obrigatória para turistas que visitam aos alambiques de Pirassununga. O negócio começou com o patriarca Roberto Therense e hoje é tocado por ele em companhia dos filhos. Na loja, encontra-se marcas tradicionais e cachaças de alambiques artesanais de todo o país.

Há ainda licores, doces, rapaduras e melado de cana. Já no museu, no mesmo local, há coleções de marcas de aguardente de todo o Brasil, inclusive de algumas que não existem mais.

Apiário João do Mel - Pirassununga - Encantos da Anhanguera Central


João Manuel Armanin Plenco se interessou pela apicultura ainda criança, ajudando o pai que trabalhava em um sítio cujo dono mantinha um apiário. Foi assim que ele se tornou apicultor com apenas 11 anos de idade. Para manter sua diversa produção de meles, cada um com suas propriedades e particularidades, João tem 250 colmeias de apiário migratório.


Nesse sistema, as caixas são movidas buscando sítios ricos em alimentos variados para as abelhas e exigem visitas e supervisão semanal. A loja de João vende variedades raras, como o mel de assapeixe, uma erva que é considerada danosa para o gado, difícil de ser encontrada, mas que resulta em um produto indicado para problemas respiratórios.

Pousada e Restaurante Villa D'Anna - Analândia - Serra do Itaqueri


Carlos Munhoz Possibon é quem comanda há seis anos a Pousada e Restaurante Villa Donn'Anna, que já existe há quase três décadas. É dele a criação do premiado hambúrguer de carne de cordeiro, receita que participou do primeiro festival gastronômico do Senac Águas de São Pedro e rendeu prêmio no Sabor São Paulo, em 2019.


Na pousada, são 4.000 metros com muito verde, piscina, salão de jogos, sauna, campinho de futebol e de vôlei, área para churrasco, wi-fi, área para fogueira e gastrobar, além de um mirante de onde se pode apreciar o pôr do sol na Serra do Itaqueri, entre as montanhas Cuscuzeiro e Camelo.

Café Brava Gente - São Carlos - Serra do Itaqueri


No restaurante Brava Gente, tudo o que é utilizado nas receitas é produzido na casa: as hortaliças das saladas, as frutas das geleias, a goiaba da goiabada, entre outros. Seu carro-chefe é o filé à parmegiana com molho de tomates apurado por mais de 6 horas.


Mas há ainda boas pedidas como o pudim de leite de búfala, a coalhada seca, o shanklich e o sofioli (massa recheada com coalhada seca, uva-passa e nozes), que leva no molho branco o leite de búfala. Quem comanda tudo é João Pedro Rizzoli Leal, neto de Lúcia Helena Rizzoli, a criadora do restaurante e dona das receitas

Viva Brotas Ecopark - Brotas - Serra do Itaqueri


Apaixonada por esportes, Giovana Guedes Barbieri Vaz de Arruda se mudou para Brotas em 2001 e, junco o irmão abriu uma agência de rafting. Hoje, concentram os negócios no Viva Brotas Ecopark, restaurante, pousada e glamping (conceito recente no Brasil, que combina glamour e camping). O Viva Brotas nasceu para ser um espaço vivencial em gastronomia, hospedagem e atividades na natureza. Há a opção de day use e também de se hospedar. São oito cabanas rústicas na mata e 12 chalés convencionais, dois com spa e uma tenda (glamping). Há uma grande preocupação com o meio ambiente: nos chalés, bananeiras e plantas ajudam a permear e filtrar os detritos, a água é da nascente e é tratada, e a energia é solar. O restaurante atende


visitantes e hóspedes com um menu em que destaca-se a carne de porco na brasa, farofa de milho moído na pedra e culinária caipira. Também tem opções para veganos, como o strogonoff de shiitake e uma sobremesa de tâmara com morango, que harmoniza muito bem com o café, depois do almoço.

Destilaria Otaviano Della Colleta -3 Torrinha - Serra do Itaqueri


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A destilaria começou quando Gustavo, junto com a esposa Celia, resolveu homenagear o avô Otaviano e a avó Alzira. Formados na Le Cordon Bleu, os dois queriam produzir alimentos desde a plantação até o produto final. Montaram, então, a destilaria, onde nada se perde: a cachaça é feita com a cana-de-açúcar e com a palha é produzido o fardo que alimenta a caldeira e gera a energia a vapor. O bagaço é vendido para uma usina de alimentação animal. Com os resíduos fazem álcool para abastecer os carros e o fertilizante que retorna para a cana. Um ciclo totalmente sustentável. O combate às pragas se faz com vespas e como fertilizante usam a vinhaça. O projeto tem oito anos entre a construção da fábrica e a plantação, em sua quinta safra. A produção é de 60 mil litros ao ano e 600 a 700 litros por dia.

Sítio Coloninha 1 - São Pedro - Serra do Itaqueri




Adriana, Luiz Veronezi e suas quatro filhas comandam o sítio Coloninha 1. Após um curso sobre turismo rural, a empresária resolveu abrir as portas de seu sítio para receber pessoas. Hoje a propriedade mantém uma horta que abastece o restaurante do local, além de cavalos para passeio, uma arena, onde são realizadas provas de tambores, e um lago rodeado de árvores que convidam ao descanso depois do farto almoço servido no local. A comida típica da roça é preparada em um grande fogão a lenha e reúne saladas frescas, carnes assadas, guisadas ou grelhadas, polenta, mandioca, verdura refogada, entre outros. Para beber, uma dose de cachaça da região abre o apetite e os sucos verdes completam a refeição. A família ainda disponibiliza para venda verduras, legumes, licores e pães de fermentação natural.

Jaracatiá Doce & Arte - São Pedro - Serra do Itaqueri


Foi pensando e resgatar o jaracatiá e sua cultura na região de São Pedro que Eduardo Modesto e a família iniciaram o negócio há mais de 30 anos. A primeira receita a ser trazida de volta foi a fruta em compota. Depois, cristalizada e, em seguida, o doce do caule, uma compota das fibras da madeira do jaracatiá macho em forma de fios que lembra cocada, porém, com sabor totalmente único. Hoje, a linha desenvolvida pela família ainda contempla geleia da polpa da fruta, cerveja, licor e um inusitado sorvete.


A Jaracatiá Doce & Arte também funciona como loja de doces regionais e artesanato de diversos lugares do país. No terreno ao lado, há um pequeno museu, onde foi erguida uma oca indígena, uma fonte com um monjolo e uma construção com artefatos caboclos.

Restaurante do Lago - Águas de São Pedro - Serra do Itaqueri


Em 1972, os pais do empresário Julio Cesar Borges arrendaram uma pensão na cidade e começaram a conquistar as pessoas com a hospitalidade e a boa comida. O tempo passou, Júlio foi trabalhar no ramo de publicidade, mas nunca esqueceu dos tempos da pensão e seu gosto pela gastronomia. Em 2005, ele e sua família resolveram restaurar e ampliar o Restaurante do Lago, que foi inaugurado em 1972 e funcionou até 1995, permanecendo fechado por dez anos. As instalações foram modernizadas e novas receitas criadas, mas um prato tradicional teve de ser mantido: o espeto de pintado na brasa. Servido com arroz à grega e salada, foi o prato turístico que ajudou a colocar o Restaurante do Lago entre os finalistas no evento Rotas Gastronômicas. Quem comanda as panelas é a filha de Júlio, Camilla Bonfato, chef executiva. No diversificado menu há ainda bons pratos vegetarianos, veganos e crudíferos, além de drinques e sobremesas autorais.


Bellomo Gelateria - Águas de São Pedro - Serra do Itaqueri


Desde 2009, Anderson Bellomo produz gelatos. Se interessou pelo assunto durante uma temporada na Europa e revela que um produto de qualidade é resultado da combinação de técnicas, com a utilização de bons equipamentos e matéria-prima. Para as Rotas Gastronômicas, a gelateria escolheu o sabor de frutas vermelhas produzidas na região, que tem como base água mineral de uma das fontes da cidade. A Bellomo Gelateria nasceu na cidade de São Paulo e atualmente conta com mais duas unidades em Águas de São Pedro. Além da venda direta ao público, a marca fornece gelatos para importantes restaurantes do cenário paulistano.



https://www.sppratodos.com.br/cultura-gastronomia

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MARIO PINHO

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