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FRAUDES EM URNAS ELETRÔNICAS


FRAUDES EM URNAS ELETRÔNICAS

Adotadas no Brasil em 1.995, sempre que chegamos a um período de ano eleitoral, surgem os mesmos questionamentos a respeito das urnas eletrônicas serem ou não efetivamente seguras e invioláveis.

Neste ano (eleições de 2.022) o tema é tratado com uma virulência nunca anteriormente constatada. Considero inconcebível e desnecessária a exacerbada aspereza com que o assunto vem sido discutido e tratado, envolvendo autoridades como o presidente da república e os Ministros do S.T.E. e do próprio S.T.F.

Obviamente, é um tema de grande complexidade pelos aspectos profundamente técnicos que envolvem a questão, os quais não são dominados pela maioria absoluta da nossa população.
Técnicos reconhecidamente Altamente Qualificados e Preparados divergem entre si. E a mim e a tantos outros que como eu admitem ser leigos, penso só um existir um caminho; "formar uma opinião e jamais pretender ser o dono da verdade."
Algumas premissas e conceitos que são relevantes para formar minha opinião, na realidade são muito mais questionamentos e dúvidas diante de fatos expostos e conhecidos.

Em todas as áreas do conhecimento humano, quando algo inovador e eficiente surge, de imediato a inovação é absorvida e o seu uso é de imediato incorporado por todos os Países.

Um processo de reconhecida e enorme agilidade na apuração, como é o caso das urnas eletrônicas capaz de após algumas poucas horas do encerramento da votação já poder apresentar um resultado final, por que não é adotado de maneira mais ampla por outros Países?

Nos Estados Unidos nas últimas eleições o resultado da votação só foi concluído após 30 dias da realização do pleito. E lá, não se utiliza sistema de urnas eletrônicas. Prevalece a arcaica votação em cédulas, sistema muito mais demorado e fraudável.

Outra grande nação, a Alemanha, também abdicou do seu uso e “adicionalmente” a sua Constituição desde 2.005 proíbe que elas sejam utilizadas.

A Organização Intergovernamental IDEA –INSTITUTO PARA A DEMOCRACIA E ASSISTÊNCIA ELEITORAL INTERNACIONAL, que atua em 34 Países membros, informa que Urnas Eletrônicas são usadas em 46 Nações.

Menos de 25% (¼ dos 196 países existentes) adotou o sistema. O que faltou para uma maior amplitude na globalização e aceitação do sistema?

Há um ponto de convergência e concordância entre técnicos de todo o mundo de que não existe um sistema eletrônico 100 % seguro, impenetrável e inviolável!

Uma questão primordial que robustece e solidifica este entendimento são acontecimentos de amplo domínio público como o de que órgãos como a NASA – F.B.I – PENTÁGANO possuem pessoas excepcional e inquestionavelmente bem preparadas e treinadas para cuidarem de seus sistemas de informática, objetivando torná-los invioláveis. Contudo, cada uma destas entidades foi em algum momento invadida, evidenciando que todos dispositivos de segurança adotados não são invioláveis e incapazes de torná-los 100% imunes.

Formo um conceito e a minha opinião é a de que as urnas podem ser fraudadas.

Porém, entre a possibilidade de as urnas poderem ser fraudadas e a aceitação ou afirmação que efetivamente tem existido fraudes é outro departamento e existe um enorme abismo separando uma condição da outra.

Isto porque uma eventual fraude não é um ato que pode ser praticado isoladamente por uma única pessoa.

Fraude só se viabiliza com a participação de no mínimo 03 agentes, a saber;

a) alguém interessado em mudar o resultado( candidato/partido )

b) um técnico da Justiça Eleitoral disposto a facilitar o crime

c) pelo menos 01 fiscal do partido omisso ou incompetente.

Diante de todas as premissas expostas, acredito ficar claro que em qualquer sistema eleitoral, seja informatizado ou manual, a possibilidade de fraude não pode ser descartada, o que não justifica abdicar de um sistema de extrema agilidade como é o uso de urnas eletrônicas.


DIMAS MENDES
O Autor é Administrador de Empresas, Jornalista, Palestrante, Escritor
Autor do livro Ser ou não analfabeto político. A escolha e sua !
Compart.

MARIO PINHO

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