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Museu Marítimo do Brasil anuncia Seminário Internacional em novembro



   Museu Marítimo do Brasil apresenta o Seminário Internacional Museus Marítimos: Rotas Contemporâneas. Foto: Caroline Borges - Atômica


O Museu Marítimo do Brasil apresenta o Seminário Internacional Museus Marítimos: Rotas Contemporâneas, promovido pelo Departamento Cultural do Abrigo do Marinheiro (DCAMN), em parceria com a Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM), nos dias 23 a 25 de novembro de 2021. Com transmissão online, o evento será veiculado no canal da Associação do Abrigo do Marinheiro, no YouTube, onde a audiência poderá fazer perguntas ao final das últimas palestras de cada dia.

No seminário, sempre das 10h às 12h, profissionais de diversos países, ligados ao campo museológico, participarão de debates com temáticas voltadas para a consciência marítima e a apresentação do Museu Marítimo do Brasil, que será construído na Zona Portuária do Rio de Janeiro, com previsão de abertura entre 2025 e 2026. O Diretor do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha, Vice-Almirante José Carlos Mathias, e o curador do museu, Evandro Salles, são os porta-vozes deste futuro ponto de encontro, cultura e lazer na Cidade Maravilhosa.

A abertura do webinar contará, além do Vice-Almirante Mathias, com a presença do Secretário-Geral da Marinha, Almirante de Esquadra Marcelo Francisco Campos; da Vice-Presidente do Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Museus (ICOM - Brasil), Vera Mangas; e do Presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Pedro Machado Mastrobuono. A mediação será da Capitão de Corveta (T) Adriana de Matos Peixoto Rogerio Astorga, museóloga da DPHDM.

Ainda no dia 23, a partir das 10h30, o seminário passa a abordar o tema "O Museu Marítimo do Brasil e o Cenário dos Museus Marítimos" . Presidente do Congresso Internacional de Museus Marítimos (ICMM), Matthew Tanner dará um panorama sobre os museus marítimos no mundo. Em seguida, será a vez do curador Evandro Salles expor o conceito do projeto da instituição. Encerrando o primeiro dia do seminário, os arquitetos Rodrigo Quintella Messina, Martin Benavidez e Francisco Javier Rivas, da equipe vencedora do concurso público nacional para a escolha do projeto arquitetônico do Museu Marítimo do Brasil, falarão sobre a proposta desenvolvida pelo grupo.

Em 24 de novembro, a mediação ficará por conta de Evandro Salles, com a temática "Curadorias e Públicos". Às 10h, a Diretora de Coleções e Engajamento de Público do Royal Museums Greenwich (Londres, Inglaterra), Gail Symington, discutirá sobre a visão estratégica do museu, tendo em vista os segmentos de arte, história e ciência. Já o curador do Museu Marítimo da Dinamarca (M/S Museet for Søfart, da cidade de Elsinore), Thorbjørn Thaarup, debaterá sobre a reinvenção da arquitetura de museu. Por fim, o Diretor do Galata Museo del Mare (Gênova, Itália), Pierangelo Campodonico, discorrerá sobre interatividade e inclusão em museus.

No último dia (25), a mediação das conversas sobre "Coleções e Exposições" caberá ao ex-Diretor do Museu Histórico Nacional, o professor doutor Paulo Knauss. Sob este contexto, o Chefe de Coleções e Pesquisa do Museu Marítimo Nacional (Het Scheepvaartmuseum; Amsterdã, Holanda), Jeroen van der Vliet,versará sobre o tema "Mares que Conectam Mundos: a coleção e suas dinâmicas". Adiante, "Portugal e os Mares: a formação e os sentidos da coleção de embarcações" será o assunto da palestra do Diretor do Museu de Marinha (Lisboa, Portugal), Comodoro José Favinha. Já a Diretora Executiva do Museu Marítimo Åland (Stiftelsen Ålands sjöfartsmuseum, em Mariehamn, Finlândia), Hanna Hagmark, falará sobre o museu, o mar e a cidade, e os processos de engajamento de comunidades locais.

O Seminário Internacional Museus Marítimos: Rotas Contemporâneas faz parte da Fase 1 do Projeto "Museu Marítimo do Brasil", atualmente em execução, por meio de recursos captados via Programa Nacional de Apoio à Cultura (PRONAC). Além deste seminário, a Fase 1 compreende o concurso público, já realizado, para a escolha do estudo preliminar de arquitetura; a elaboração de um estudo de viabilidade econômico-financeira e a promoção de um concurso de identidade visual para o vindouro museu.

Museu Marítimo do Brasil mostra Seminário Internacional. Foto: Caroline Borges - Atômica

O Museu Marítimo do Brasil será erguido no Espaço Cultural da Marinha e fará parte do patrimônio histórico, natural e urbano do Centro da Cidade, onde estão a Ilha Fiscal, a Igreja da Candelária, a Casa França-Brasil, o Centro Cultural Banco do Brasil, o Paço Imperial, o Museu Naval, o Museu Histórico Nacional, o Museu de Arte do Rio e o Museu do Amanhã, entre outras instituições culturais.

Com sede no Rio de Janeiro, a Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM) é responsável por promover estudos e pesquisas, consolidar e publicar documentação sobre assuntos relativos à cultura marítima, além de propor normas relativas às atividades histórico-culturais da Marinha do Brasil, entre outros atributos.

Estão sob sua administração o Museu Naval, o Arquivo da Marinha, a Biblioteca da Marinha, a Editora SDM e o Espaço Cultural da Marinha, onde o público pode visitar o Navio-Museu Bauru, o Submarino-Museu Riachuelo, a Nau dos Descobrimentos, o Helicóptero-Museu Sea King, o Avião Caça AF-1 Skyhawk e o Carro de Combate Cascavel.

Além disso, o Espaço é o porto de partida para que o público possa embarcar no histórico Rebocador-Museu Laurindo Pitta, que participou da Primeira Guerra Mundial, para fazer um Passeio Marítimo pela Baía de Guanabara, e, ainda, para zarpar rumo à Ilha Fiscal, palco do último baile do Império, para uma visita mediada.

O Espaço Cultural da Marinha foi construído em 1995, no píer da Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro - que adquirira aquela área das antigas Docas da Alfândega - e inaugurado em 20 de janeiro de 1996, o prédio do Espaço Cultural da Marinha, assim como as demais atrações de seu entorno, está localizado no coração do Boulevard Olímpico, no Centro do Rio de Janeiro.

Devido à demolição do Elevado da Perimetral, a área foi fechada ao público em fevereiro de 2014, voltando a operar mais de dois anos depois, em 2016, por ocasião das Olimpíadas, com os passeios à Ilha Fiscal e pela Baía de Guanabara, e as visitas aos navios-museus, recebendo 97 mil visitantes no período. Desde então, ano a ano, o Espaço Cultural da Marinha tem atraído cada vez mais público. Em 2019, antes da pandemia, recebeu mais de 200 mil visitantes.
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Roberta Monteiro

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