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Fogo matou 17 milhões de animais no Pantanal em 2020, indica estudo

Foto: Reprodução



Segundo um estudo realizado por 30 pesquisadores de órgãos públicos, de universidades e de organizações não-governamentais estima que, ao menos, 17 milhões de animais vertebrados morreram em consequência direta das queimadas no Pantanal no ano passado.

As vítimas mais recorrentes foram as pequenas cobras, principalmente as aquáticas: mais de 9 milhões de mortes. O estudo (ainda não publicado em revista científica) foi submetido ao periódico Scientific Reports, do grupo Springer Nature, e está sob avaliação de outros cientistas. Os pesquisadores dizem que o trabalho é pioneiro no uso da "técnica de amostra de distâncias em linhas" para calcular mortes de animais em queimadas.

A metodologia é baseada nos chamados transectos: trilhas em linha reta através de áreas pré-determinadas pelos focos de incêndio no bioma. Cada linha percorrida tinha entre 500m e 3km. Ao todo, o grupo percorreu 114 km de transectos.

Nestes trajetos lineares, as carcaças avistadas eram registradas com datas e coordenadas geográficas, assim como a distância perpendicular de cada uma delas em relação à linha de referência.

Quanto mais longe do transecto, menor a quantidade de animais encontrados. Ao conhecer o comportamento dessa probabilidade, os pesquisadores conseguiram elaborar um modelo matemático para estimar o número de carcaças presentes na área. Isso permitiu a modelagem de estimativas que o grupo considerou confiáveis para o cálculo da densidade de animais mortos.

"O método é diferente, ele se baseia no conhecimento da probabilidade de detectar um animal a diferentes distâncias da linha. É uma estratégia moderna para corrigir o erro de “detectabilidade”, que é a probabilidade de enxergar o animal quando ele está presente na área em que se passa", explica Walfrido Moraes Tomas, pesquisador da Embrapa Pantanal e coordenador do estudo.


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Redação Fácil

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