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Elias Andreato dirige Herson Capri e Leandro Luna em peça sobre reconciliação familiar


    
 Herson Capri e Leandro Luna interpretando pai e filho. na peça "A Vela". Foto: Caio Gallucci

O espetáculo A Vela escrito por Raphael Gama, com direção de Elias Andreato, traz no elenco Herson Capri e Leandro Luna interpretando pai e filho. Na história, o pai expulsou o filho de casa por não aceitar a sua orientação sexual. Vinte anos depois eles se reencontram, o filho agora é uma drag queen, e eles têm o tempo de uma vela se consumir para acertar as diferenças.

A estreia será no dia 19 de agosto, quinta-feira, às 20h30, no PALCO INSTITUTO UNIMED-BH EM CASA, com transmissão ao vivo, pelos canais no Youtube do Sesc Minas Gerais no Teatro Claro Rio  e da Pólobh, e pelo Canal 264 da Claro TV, ficando disponível por 15 dias na plataforma Claro. Em outubro, a peça realizará 12 sessões em temporada on-line, de 22 de outubro a 14 de novembro, sextas e sábados às 20h e domingos às 19h via EVENTIM.

"É uma história contada com delicadeza para que o espectador possa se identificar com os personagens. O nosso objetivo é mergulhar numa relação verdadeiramente teatral e humana. O teatro sempre será a arena necessária para debater todas as formas de preconceitos", fala o diretor Elias Andreato.


Para Leandro Luna, o espetáculo aborda as relações humanas e as feridas familiares que todos temos e nos identificamos. "É muito importante, principalmente nos dias de hoje, estarmos em constante discussão sobre as diferenças e estimularmos a tolerância e o respeito ao próximo. Vivemos tempos muito polarizados, onde o conceito de moral e conservadorismo tem alimentado a sociedade com discursos odiosos, segregacionistas, em vez de criar o diálogo respeitoso e democrático. Precisamos, através da Arte, propor o discurso de temáticas que incentivem o respeito entre os indivíduos, principalmente, a partir do ponto de vista da educação familiar."
     Em cena os atores Herson Capri e Leandro Luna na peça "A Vela". Foto: Caio Gallucci
      

Já Herson Capri ressalta a atualidade do tema. "A peça discute preconceito, acolhimento e a relação familiar de uma forma inteligente e sensível. Os preconceitos estão por aí, à nossa volta, o tempo todo. Convivemos, de uma forma ou outra, com pessoas conservadoras e até negacionistas. Acho que a arte tem o dever de abordar os temas que tocam e afligem a sociedade. Acolher as diferenças é um deles. E negá-las, também é preciso ser discutido."

Para a construção do texto, o autor Raphael Gama recorreu da percepção que teve ao constatar a dificuldade em dialogar com sua avó, uma mulher tradicional, com resistência em entender as mudanças que aconteciam na sociedade; e o quanto a incompreensão familiar afetava as escolhas de vida das drag queens em geral. "Eu convivo com diversos artistas queers de São Paulo. Conheço pessoas que foram expulsas de casa e o fato dessa comunidade seguir sendo tão negligenciada e odiada, mesmo em meio à tanta informação, me fez querer falar do assunto no ambiente familiar e sobre a importância do diálogo como ferramenta de cura", explica.

"A Vela não é sobre mocinhos e bandidos, não é sobre vítimas e vilões. É sobre algo que todos nós conhecemos intimamente. É sobre família e amor. Sobre erros humanos. Sobre conflito de gerações e de identidades. E a importância do diálogo em tempos tão odiosos. Mais do que falar sobre quaisquer tabus ou polêmicas, quando falamos sobre amor falamos sobre reflexão e cura," conta Raphael Gama.


Serviço:
Espetáculo on-line 
A Vela
Estreia dia 19 de agosto (quinta-feira), às 20h30.
Transmissão ao vivo, pelos canais no Youtube do Sesc em Minas Gerais, do Teatro Claro Rio e da Pólobh, e pelo Canal 264 da Claro TV.
De 19 agosto a 3 de setembro - Disponível on demand na plataforma Claro.
Ingresso gratuito.
Temporada on-line:
De 22 de outubro a 14 de novembro de 2021 - Sextas e sábados às 20h. Domingos às 19h.
Ingressos: R$ 10,00 (preço popular).
Transmissão: Eventim.
Duração: 60 minutos.
Classificação etária: 14 anos.
Compart.

Roberta Monteiro

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