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Turismo acumula prejuízo de R$ 245,5 Bilhões de março a novembro devido à pandemia

Levantamento da CNC aponta que o setor opera com apenas 39% da sua capacidade mensal de Geração de Receitas

Ritmo de perdas do turismo deve voltar a se agravar


As atividades turísticas já somam um prejuízo de R$ 245,5 bilhões desde o agravamento da pandemia do novo coronavírus no País, em março deste ano. Atualmente, o setor opera com apenas 39% da sua capacidade mensal de geração de receitas, calcula a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

As perdas mensais de faturamento do turismo brasileiro cresceram de R$ 13,38 bilhões em março para R$ 36,94 bilhões em abril, até o pico de R$ 37,47 bilhões em maio. Houve melhora discreta desde então, descendo a R$ 34,18 bilhões em junho, R$ 31,87 bilhões em julho, R$ 29,02 bilhões em agosto, R$ 24,98 bilhões em setembro, R$ 20,73 bilhões em outubro e R$ 16,91 bilhões em novembro. Em meio ao novo agravamento da pandemia de covid-19 em diferentes estados brasileiros, o ritmo de perdas do turismo deve voltar a se agravar.

Mais da metade (51%) do prejuízo apurado até agora pelo setor ficou concentrado nos estados de São Paulo (R$ 88,3 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 36,8 bilhões). A estimativa da CNC considera o que o turismo deixou de arrecadar desde a segunda quinzena de março até o fim de novembro, tendo como base informações das pesquisas conjunturais e estruturais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além de séries históricas referentes aos fluxos de passageiros e aeronaves nos 16 principais aeroportos brasileiros.

A CNC prevê que o faturamento real do setor de turismo encolha 39,1% em 2020, com perspectiva de retorno ao nível pré-pandemia apenas no segundo trimestre de 2023. As atividades turísticas cresceram 7,1% na passagem de setembro para outubro, a sexta taxa positiva seguida dentro da Pesquisa Mensal de Serviços, com ganho acumulado de 102,6% no período, informou nesta sexta-feira 11, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, o setor de turismo brasileiro ainda precisa avançar 54,7% para retomar o patamar de fevereiro, no pré-pandemia.

A queda na arrecadação teve consequências sobre os empregos no setor. Os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) da Secretaria do Trabalho mostram que 469 4 mil postos de trabalho formais em atividades turísticas foram eliminados de março a outubro deste ano, uma redução de 12,9% da força de trabalho do setor. Na média de todos os setores da economia, o total de trabalhadores ocupados com carteira assinada diminuiu 0,8% no período.
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MARIO PINHO

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