Navegação

Ditadura chinesa condena jornalista que denunciou crise Covid-19


Jornalista é acusada de
'brigar e causar problemas'

A China condenou a quatro anos de prisão a jornalista independente Zhang Zhan, que produziu reportagens sobre a cidade de Wuhan no auge do surto de Covid-19 no início de 2020.

A chinesa, que antes atuava como advogada, foi considerada culpada por "brigar e causar problemas", o que a China intitula como 'crime' e, por conveniência, atribui a dissidentes e ativistas de direitos humanos contrários ao regime ditatorial.

Seus curtos vídeos foram postados durante cerca de três meses, enviados a plataformas como Wechat, Twitter e YouTube - os dois últimos bloqueados na China.

Os registros consistiam em entrevistas com residentes, comentários e imagens de um crematório, estações de trem, hospitais e o Instituto de Virologia de Wuhan.

Zhang Zan, 37, foi a primeira pessoa a ter sido julgada nesta segunda-feira (28).

Há ainda outros processos vigentes contra autores de imagens que mostraram hospitais lotados e ruas vazias em Wuhan, exibindo ao mundo um quadro mais grave do primeiro epicentro da pandemia do que a narrativa oficial.

“A Sra. Zhang acredita que está sendo perseguida por exercer sua liberdade de expressão”, afirmou à agência Reuters o advogado Ren Quanniu, que defende a jornalista.

Críticas às primeiras medidas da China contra a pandemia foram censuradas, quando delatores, como médicos, alertavam sobre a gravidade do novo coronavírus.

Jornalistas estrangeiros foram impedidos de entrar no tribunal. Além disso, jornalistas desapareceram sem explicação na China.

O país comandado pelo ditador Xi Jinping teria, segundo o advogado Ren Quanniu, ignorado os pedidos ao tribunal para libertar Zhang sob fiança antes do julgamento e a transmissão ao vivo do tribunal.

fonte: https://www.jornalnorthnews.com/
Compart.

MARIO PINHO

Comente no post:

0 comentários:

Adicione seu comentário sobre a notícia