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Aceleração da Covid 19 mostra que o distanciamento social necessita de maior adesão da população

Análise de dados do Observatório Nacional, órgão ligado ao Governo Federal, mostra que números de novos casos não indica fim da pandemia

Por Daniel Marques

Uma análise de dados da Coordenação de Geofísica do Observatório Nacional mostra que o pico da pandemia de coronavírus no Brasil ainda não chegou, ou seja, a tendência é que o número de novas infecções por dia continue a subir. Essa conclusão foi possível a partir do cruzamento dos dados fornecidos pelo Governo Federal sobre os novos casos da doença. O Observatório Nacional é um órgão vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia.

A fórmula criada pelo tecnologista Daniel da Silva Quaresma calcula a diferença entre o número de casos numa data específica em relação com 5 dias antes. Depois o resultado é dividido por 5 e pelo número de casos na data em questão. Traduzindo: quando o resultado da fórmula for 0 (zero), isso significa que a velocidade de contágio do novo coronavírus diminuiu e a pandemia está chegando ao fim. Se o número for maior que 0 (zero), isso significa que a quantidade de novos casos segue crescendo. 

A fórmula reflete os efeitos do distanciamento social. Na China, por exemplo, enquanto os outros países registraram as maiores taxas de crescimento, já tinha essa taxa de aceleração de contágio próximo a 0. No Brasil tem uma taxa de 0,06/dia, que indica crescimento.



O tecnologista, Daniel da Silva Quaresma, explica que os dados sobre o Brasil não mostram nenhuma tendência de desaceleração no avanço da doença. “Há necessidade de maior engajamento da população, para que a curva Brasil comece a ter uma redução significativa no valor, assim sinalizando que estamos passando pelo pico da pandemia em direção ao fim desse ciclo”, analisa.

O pesquisador, autor da fórmula, defende esse parâmetro por ele ser simples de calcular e por utilizar somente dados disponíveis publicamente.
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Jornalismo Revista Fácil

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