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Boeing desiste da joint venture com a Embraer

Boeing 737 Max continua sem poder voar em todo o mundo Foto: Reprodução/Boeing

As duas Companhias planejavam criar uma joint venture e as negociações começaram ainda em 2018.

A Boeing decidiu cancelar o acordo com a Embraer no qual as duas companhias criariam uma joint venture (nova empresa). A operação previa que as empresas buscariam estabelecer uma parceria estratégia com a compra da área de aviação civil da Embraer pela Boeing. O anúncio foi feito neste sábado (25). A compra havia sido anunciada ainda em julho de 2018.

As empresa planejavam criar uma joint venture (JV) composta pelo negócio de aviação comercial da brasileira e uma segunda JV para o desenvolvimento de novos mercados para a aeronave de transporte aéreo médio e mobilidade C-390 Millenium.

Segundo nota da Boeing, a Embraer "não atendeu às condições necessárias"Disse Marc Allen, presidente da Boeing para a parceria com a Embraer e operações do Grupo, em nota.

"A Boeing trabalhou diligentemente nos últimos dois anos para concluir a transação com a Embraer.
Há vários meses temos mantido negociações produtivas a respeito de condições do contrato que não foram atendidas, mas em última instância, essas negociações não foram bem-sucedidas.
O objetivo de todos nós era resolver as pendências até a data de rescisão inicial, o que não aconteceu.
É uma decepção profunda. Entretanto, chegamos a um ponto em que continuar negociando dentro do escopo do acordo não irá solucionar as questões pendentes".

Falta liquidez

Ao jornal britânico Financial Times, Ron Epstein, analista do Merrill Lynch do Bank of America, questionou se a Boeing teria liquidez para arcar com o acordo.

"É uma questão de liquidez.
A Boeing está em posição de gastar US$ 5,2 Bilhões em uma aquisição, considerando o que está acontecendo no mercado mais amplo da Aviação Comercial ?"

A Boeing atravessa por um momento nada animador. Primeiro, pelo aterramento das aeronaves Boeing 737 Max, que ainda aguardam autorização das autoridades aéreas para voar, e segundo, pela crise na aviação provocada pela pandemia do novo coronavírus.
Compart.

MARIO PINHO

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