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BRASIL PERDE INVESTIMENTO DE 150 MILHÕES NA BAHIA

Jorge Rebelo de Almeida, presidente do grupo Vila Galé


Vila Galé informa fim de projeto na Costa do Cacau (BA); a rede foi alvo de críticas por anunciar unidade em área indígena entre Ilhéus e Una, ao sul da Bahia.

Em comunicado oficial nesta segunda-feira (18/11), a Vila Galé Hotéis anuncia o encerramento das construções na Costa do Cacau, entre Ilhéus e Una, ao Sul da Bahia. O motivo seria o desgaste após acusações a rede portuguesa de se instalar em zonas demarcadas por tribos indígenas.

A unidade seria fruto de um investimento de R$ 150 milhões, com inauguração marcada para 2021. Em nota, a empresa citou que “não existe qualquer reserva indígena decretada para esta área, nem previsão de a vir a ser”.

Por fim, explica-se que a saída condiz com a falta de interesse da companhia “que um hotel ou resort Vila Galé nasça com a iminência de um clima de ‘guerra’, ainda que injusta e sem fundamento”

Comunicado oficial

Veja na íntegra o que a organização disse sobre o caso na Bahia:

“Vila Galé Costa do Cacau

Tem a Vila Galé Hotéis um percurso de 33 anos de realizações e investimentos em vários sectores de atividade, que vão do imobiliário à hotelaria, passando pela agricultura e agro-indústria (produção de vinhos e azeites Santa Vitória, etc). Tem 34 hotéis em Portugal e no Brasil com cerca de 20.000 camas, 4 projetos em construção e uma dúzia em projeto.

Ao longo destes anos foi reconhecida pela ética, rigor, isenção, transparência, responsabilidade social, sustentabilidade ambiental, valorização pessoal e profissional dos que nela trabalham, sendo disso exemplo, inúmeros prêmios e distinções recebidos.

Nestes projetos tem recuperado patrimônio histórico, valorizado o interior do país e, em suma, tem obra feita com criação de riqueza e geração de mais de 3.500 empregos.

Apesar disso, tem vindo a ser alvo de “ataques” por alguns que abraçam causas mediáticas, só aparentemente justas, e usam de falsidades, sem sequer procurarem minimamente obter a verdade dos fatos.

Em abril de 2017, a Vila Galé foi convidada pelo Governo da Bahia e Prefeitura de Una para realizar um investimento num mega resort para ajudar ao desenvolvimento da região de Una, tendo sido estabelecida uma parceria com a empresa proprietária dos terrenos.

Após avaliação, a Vila Galé anunciou em Portugal e no Brasil, em julho de 2018, o investimento neste novo Resort e o contrato celebrado com o Estado e a Prefeitura.

Elaborou todos os estudos e projetos (arquitetura, ambientais, etc, etc.), os quais vieram a ser aprovados pelas entidades competentes.

Ao longo de todo esse tempo não surgiu qualquer reclamação ou reivindicação, apesar de ser pública e notória em toda a região a notícia do projeto.

No local e num raio de muitos kms, não havia nem há qualquer tipo de ocupação/utilização, nem sinais de qualquer atividade extrativista por parte de quem quer que seja.

Não existe qualquer reserva indígena decretada para esta área, nem previsão de a vir a ser.

Passaram 3 mandatos Governamentais anteriores, com vários Ministros da Justiça e nenhum deles aprovou a demarcação das terras indígenas.

Certamente porque não encontraram fundamento legal para o efeito de decretar uma gigantesca área de reserva de 47.000 ha.

Em resumo, não há sinais de ocupação indígena de qualquer espécie nesta área.

Entretanto, tratando-se de um tema delicado que suscita estados emocionais por parte de alguns setores, fomos acusados de falsidades inconsistentes e graves.

Assim sendo:

– apesar de os projetos estarem aprovados e terem o apoio explícito da Prefeitura de UNA, do Governo Estadual da Bahia e dos Orgãos de Turismo do Governo Federal, por se tratar de uma obra de maior relevância econômica e social,

– apesar de alguns poucos sem razão prejudicarem toda uma população que se vê privada da oportunidade de ter emprego num projeto de prestígio;

Vamos ser forçados a abandonar este projeto.

Com efeito, não é de nosso interesse que um hotel resort Vila Galé nasça com a iminência de um clima de “guerra”, ainda que injusta e sem fundamento, como são exemplo as ameaças proferidas na Embaixada de Portugal em Brasília e algumas declarações falsas, dramáticas e catastróficas que deveriam envergonhar quem as profere.

Queremos deixar o nosso profundo reconhecimento à Embaixada de Portugal em Brasília e a todas as Entidades Oficiais Brasileiras, incluindo Deputados Federais e Estaduais que nos apoiaram neste processo.

Este extraordinário apoio e incentivo das entidades oficiais leva-nos a manter a intenção de investimento em UNA e na Bahia, no mais curto prazo”.
Compart.

MARIO PINHO

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