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Vendas de veículos cai em junho e fica 15% abaixo de maio

 (Foto: Jornal do Comércio)
As vendas de veículos caminham para terminar junho abaixo do volume comercializado em maio, informou nesta segunda-feira (25) Antonio Megale, presidente da Anfavea, a entidade que representa as montadoras instaladas no País. 
Após a greve dos caminhoneiros e diante das incertezas sobre as eleições, o consumidor perdeu confiança para comprometer sua renda com a compra de bens duráveis, como os automóveis. Em paralelo, o movimento nas concessionárias cai pela metade nos dias de jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo.
Segundo Antonio Megale, as vendas deste mês estão, por enquanto, 15% abaixo de maio. O que espera, é que essa queda seja amenizada porque as vendas nos próximos dias não serão tão baixas quanto às da última semana de maio, comprometida pela paralisação dos caminhoneiros. Ainda assim, o presidente da Anfavea disse que o resultado de junho será inferior ao do mês imediatamente anterior, quando a greve interrompeu as entregas de carros e levou praticamente todas as montadoras a suspender a produção. A tendência é que os emplacamentos de veículos, que somaram 201,9 mil veículos no mês passado, não cheguem a 200 mil em junho.
Já em relação à perda de produção, estimada em aproximadamente 80 mil veículos nos dias de greve, Megale ainda acredita ser possível recuperar até o fim do ano. As montadoras e os fabricantes de autopeças vêm convocando jornadas extras de produção para recuperar o volume perdido nos dias parados por conta da greve.
Apesar dos resultados negativos das últimas semanas, a Anfavea, conforme antecipou seu presidente, deve aumentar já na semana que vem, na divulgação do balanço de junho, a previsão de crescimento de 11,7% das vendas de veículos neste ano.
A revisão é justificada pelo desempenho acima das expectativas que o mercado vinha apresentando antes da greve. Com isso, a produção deve ficar igual ou melhor do que o crescimento de 13,2% previsto pela entidade para 2018.
A Anfavea pode manter inalterada a projeção sobre a atividade das montadoras porque o crescimento das exportações - previsto, por enquanto, em 5% - deve ser revisto para baixo em razão do consumo pior do que o esperado no México e na Argentina.
No mercado vizinho, principal destino dos veículos exportados pelo Brasil, as vendas devem ser prejudicadas pelo impacto cambial e pelo aumento dos juros, anunciado pelo Banco Central da Argentina para conter a desvalorização do peso. 
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Por Jefferson Victor

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