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Foto: Willian Travassos |
O Brasil teve um aumento na produtividade de 4,5% em 2017, de acordo com a pesquisa divulgada nesta quarta-feira (28) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O estudo foca em indústria de transformação, considerada aquela que transforma matéria-prima em produto final.
O bom resultado pode ser reflexo do momento de crise econômica vivida pelo país, que levou as empresas a enxugarem suas equipes e os funcionários restantes a trabalhar mais intensamente.
A pesquisa mostra que o volume produzido na indústria cresceu 2,2% no ano passado, enquanto o o número médio de horas trabalhadas nas empresas caiu na mesma proporção.
Na prática, isso significa que as empresas estão produzindo "mais com menos".
“Se a empresa fica mais eficiente, é possível produzir mais”, explica Renato da Fonseca, gerente de pesquisa e competitividade da CNI. Segundo a CNI, dois fatores levaram ao aumento da produtividade no ano passado.
Infraestrutura: As fábricas menos produtivas acabam fechando suas portas, com isso cai a proporção desse tipo de fábrica no país.
Trabalhadores: Durante a recessão, cortes de equipe são comuns e a tendência é que as empresas retenham os colaboradores mais produtivos e dispensem os que não produzem tanto.
Esse efeito está relacionado a busca pela sobrevivência, por parte das empresas, e pela manutenção do emprego, por parte dos trabalhadores, explicou Fonseca.
Segundo ele, esse comportamento é mais perceptível em momentos de crise, quando empresas precisam ser mais eficientes, reduzindo custos, aumentando assim a sua produtividade. Os funcionários também tendem a se esforçar mais em períodos recessivos.
Nos últimos 10 anos, a produtividade da indústria brasileiras cresceu 8,4%, segundo a CNI. No entato, o Brasil ainda é um dos últimos países no ranking de competitividade da própria confederação da indústria.
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