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Produção industrial sobe 1,4% em janeiro



A produção da indústria brasileira iniciou 2017 em queda de 0,1% em relação a dezembro. No entanto, frente a janeiro de 2016, a atividade fabril avançou 1,4%, interrompendo 34 meses seguidos de retração nessa base de comparação. Em 12 meses, a produção industrial acumula baixa de 5,4%. 

Os números foram divulgados nesta quarta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Há uma melhora de ritmo dessa produção industrial, mas isso não significa que haja uma trajetória positiva de crescimento. Em termos de patamar, continua próximo do patamar que a indústria operava entre janeiro e fevereiro de 2009", disse André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.

O pesquisador destacou que, ao observar a média móvel trimestral, se nota uma melhora do resultado nos últimos três meses, mas que ainda é muito distante do pico da produção industrial, registrada em 2013. O crescimento de um ano para o outro foi puxado pelo aumento de 12,5% na produção das indústrias extrativas (minérios de ferro, óleos brutos de petróleo e gás natural). Também avançaram as produções de veículos automotores, reboques e carrocerias (5,2%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (18%), entre outros. 

Por outro lado, caíram as produções de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-11,1%), pressionadas pelo óleo diesel. Na sequência, estão máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,6%), máquinas e equipamentos (-4,9%), produtos de metal (-6,2%) e outros equipamentos de transporte (-9,4%). Na análise das categorias, a produção de bens de capital, como máquinas e equipamentos, cresceu 3,3% e de bens de consumo duráveis, como automóveis, 3,2%. 

Os segmentos de bens de consumo semi e não-duráveis (2,1%) e de bens intermediários (0,8%) também mostraram taxas positivas. O pesquisador enfatizou que os resultados positivos dos indicadores da produção industrial na comparação entre janeiro de 2017 e janeiro 2016 precisa ser relativizado. “Temos que considerar a base de comparação. Em janeiro do ano passado, a gente tem que lembrar que a comparação era com 2015 e teve resultados muito negativos.”
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Por Jefferson Victor

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